De Michel a Geddel o Brasil pro Beleléu (em 25/11/2016).
E vai se materializando aquilo que todos com um mínimo de juízo já tinham percebido que ia aparecer mais cedo ou mais cedo: O jeito PMDB de governar (que, infelizmente, foi adotado pela cúpula do PT).
Um pouco mais do mesmo! Muito mais do mesmo!
Jucá, Padilha, Geddel e Temer…não me atrevo nem a traçar perfis e currículos, até mesmo porque, do jeito que a coisa vai, creio que um dia os alfarrábios podem se virar contra O ALFARRABISTA e tudo que ele escreve, por mais óbvio e água com açúcar que seja, poderá, deverá e será usado contra ele em um tribunal (de EXCEÇÃO)!
O fato é que o jogo de boliche ministerial (ou seria “resta um”?) continua. Geddel será o próximo, também pudera!
Segundo o ex-então ministro da cultura Marcelo Calero, diplomata de carreira (o que esse cidadão estava fazendo no Ministério da Cultura?) Após entregar o cargo explicou que saiu porque estava sendo “pressionado” por Geddel e “enquadrado” por Temer.
Acerca de que seria isso tudo?
PRESSÃO – Vamos tentar entender que “pressão” foi essa. Geddel, Ministro da Secretaria do Governo, adquiriu um apartamento em um empreendimento desenvolvido em uma área tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional). Por isso, obviamente, a execução do empreendimento estava embargada.
Geddel de acordo com o modus operandi BRASILEIRO, diga-se de passagem, procura o Ministro da Cultura Calero para ver “o que podia ser feito” junto ao IPHAN para liberar o empreendimento, no qual, frise-se, ele tinha um imóvel.
Diante da negativa de Calero, Geddel, de acordo com o modus operandi BRASILEIRO começou a se movimentar dentro do sistema pressionando e tentando persuadi-lo a dobrar-se à sua vontade, necessidade, investimento. O que Geddel chamou em entrevista de “ponderações”.
Aparentemente outros ministros entraram no circuito (provavelmente o Padilha) e Calero teria ficado irredutível.
Diante disso, de acordo com o modus operandi BRASILEIRO só resta uma alternativa, o ENQUADRAMENTO.
ENQUADRAMENTO – Vamos tentar entender que “enquadramento” foi esse. Diante da presunção do diplomata, foi necessário chamar o chefe supremo, o Presidente Temer, para ter uma “conversa” com o rapaz. Antes disso Calero alega ter ele mesmo procurado Temer. Mas tendo sido chamado por Temer, teve a aula mais importante do modus operandi BRASILEIRO ou de POLÍTICA de sua vida.
Nessa conversa Temer, em seu português rebuscado e cheio de eufemismos tramoiescos falou com Calero que o IPHAN estaria criando “dificuldades operacionais” em seu gabinete (Geddel) e que era necessário que ele, Calero, “construísse uma saída” e encaminhasse a questão para a AGU (Advocacia Geral da União) dado que a Ministra Grace Mendonça teria uma “solução” (!?!?)
Não sei se choro ou se rio…
Resumo da ópera, Calero pediu demissão, botou a boca no trombone, e expôs o jeito PMDB de administrar e fazer o Brasil sair da crise e ainda por cima alega GRAVOU AS CONVERSAS inclusive a da enquadrada do Presidente.
Queria ouvir as gravações. Queria ouvi-las na GLOBONEWS…sera?
Geddel se não caiu ainda vai cair e Temer segue, mostrando quem é, a que veio e tocando o projeto de Brasil dos seus patrões.
Lembro de Cazuza: BRAZIL, MOSTRA A SUA CARA!
Me pergunto, quantas mais “dificuldades operacionais” têm tido “soluções construídas” pela TT?
(O Brasil com “Z” não é mera coincidência)
Em 25/11/2016